Professora Angela Uller fala sobre cenário de C,T&I no Rio de Janeiro

A diretora de Tecnologia e Inovação da Coppe/UFRJ, professora Angela Uller, falou sobre o cenário de Ciência, Tecnologia e Inovação no estado do Rio de Janeiro, na última segunda-feira, 6 de dezembro, em um webinário promovido pela Fundação Perseu Abramo e pelo diretório estadual do Partido dos Trabalhadores (PT).

Na avaliação da professora, o Rio de Janeiro deve se tornar um estado inteligente, inovador e sustentável, e destacou a iniciativa da UFRJ de tentar fazer da Cidade Universitária, na Ilha do Fundão, um projeto de cidade inteligente. “Temos um conjunto de propostas como a integração de energias com smart grid, mobilidade com ônibus híbrido elétrico-etanol e hidrogênio, iluminação inteligente, sistemas fotovoltaicos, aquecimento de água com energia solar. Termos um laboratório urbano vivo, com o desenvolvimento de soluções inteligentes para a construção civil. Um ambiente inovador no qual academia, governo, instituições públicas e privadas cocriam para desenvolver uma plataforma institucional que permita desenvolvimento de soluções inovadoras e inteligentes”, explicou.

“É preciso reduzir as distâncias entre academia e gestão pública, academia e sociedade. Falta uma ação na educação. Promover a digitalização de todas as escolas públicas, colocar FabLabs (laboratórios de fabricação digital) em todas as escolas de segundo grau, introduzir estudo de programação e robótica, promover competições em temas tecnológicos”, defendeu Angela Uller.

Conforme destacou a professora do Programa de Engenharia Química (PEQ), 70% dos pesquisadores que atuam no Rio de Janeiro estão nas 171 instituições de ensino superior e centros de pesquisa sediados no estado. Com tanta participação do setor público na inovação, o setor depende das verbas destinadas pelos órgãos federais (CNPq, Capes, Finep, BNDES, Embrapii, Sebrae) e estaduais (Faperj e AgRio). No caso da Faperj, professora Angela destacou a evolução recente do orçamento da Fundação. “Em 2018, eram 34 milhões de reais mais bolsas, que variam entre 18 e 20 milhões. No ano seguinte, 88 milhões mais bolsas. Em 2020, 157 milhões mais bolsas, e, finalmente, em 2021 são 600 milhões de reais no total, cerca de metade do orçamento da Fapesp”.

“O que não fazemos adequadamente e deveríamos fazer, é difundir a cultura da ciência, tecnologia e inovação. Assim, ao menos quando fossemos atacados, a sociedade nos protegeria. Precisamos usar mais o que a gente produz, mas em prol da sociedade. Estados podem encomendar projetos e estudos às ICT´s (instituições de Ciência e Tecnologia) para modernizarem-se”, propôs a diretora de Tecnologia e Inovação da Coppe. 

O webinário “Políticas inclusivas para Ciência e Tecnologia no Rio de Janeiro” está disponível na íntegra no canal do PT-RJ no YouTube.

 

Fonte: Planeta Coppe 
Publicado em - 13/12/2021